Sisep e Semadur discutem com a comunidade atualização do Plano de Recuperação do Córrego Cabaças
O encontro foi na Praça do Preto Velho, que fica localizada na Avenida Fábio Zahran, entre as ruas Spipe Calarge e Trindade

Técnicos da Secretaria Municipal de Infraestrutura e Serviços Públicos (Sisep) e da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), estiveram reunidos na manhã desta segunda-feira (02) com lideranças da comunidade da região do Jardim Paulista, para apresentar as mudanças que devem ser feitas no Plano de Recuperação de Área Degradada ou Alterada (Prada), do Córrego Cabaça.
O encontro foi na Praça do Preto Velho, que fica localizada na Avenida Fábio Zahran, entre as ruas Spipe Calarge e Trindade. Segundo o engenheiro sanitarista e ambiental, João Gomes de Oliveira Neto, da Divisão de Meio Ambiente da Sisep, a secretaria possui Prada (Projeto de Recuperação de Área Degradada e/ou Alterada) aprovado pela Semadur desde setembro de 2020 e tem licença ambiental válida até setembro de 2024, para executar as ações necessárias, como a substituição da leucena, espécie que causa desequilíbrio ao ecossistema.
A Sisep já havia iniciado o corte das leucenas na área da Praça do Preto Velho em julho deste ano, mas como verificou-se processos erosivos às margens do Córrego Cabaça, decidiu-se pela atualização do Prada. A partir de estudos, será atualizado o cronograma de ações a serem executadas, como a regularização e conformação de taludes (barrancos), bem como a remoção das leucenas e o plantio de mudas de plantas nativas.
Concluído o estudo para atualização do Prada, será submetido à análise e aprovação da Semadur. A substituição das leucenas será feita também na área da Praça do Preto Velho até a Rua Spipe Calarge.
Prefeitura realiza controle das leucenas
Desde 2018 a Prefeitura, por intermédio da Secretaria Municipal de Meio Ambiente e Gestão Urbana (Semadur), tem atuado no sentido de erradicar as leucenas (leucaena leucocephala, uma leguminosa arbórea que foi introduzida no Brasil como alternativa de alimento na bovinocultura). Classificada como espécie invasora da flora, a leucena é considerada atualmente a segunda maior causa de perda de biodiversidade no mundo.
Por isso a Semadur tem empenhado esforços no sentido de conter o avanço dessa espécie presente em quase todas as Áreas de Preservação Permanente (APP) na área urbana do Município. A planta possui atributos que a torna uma das piores daninhas do mundo, pois impede que a riqueza e diversidade vegetal da área se restabeleçam e consequentemente de toda a vida animal que depende dessas plantas como fonte de alimento, abrigo e refúgio, comprometendo assim todos os processos ecológicos naturais. Além da liberação de aleloquímicos no ambiente, sendo tóxica para animais e afetar a qualidade do solo e por ser hospedeira de pragas.
Conforme a superintendente de fiscalização e Gestão Ambiental da Semadur, Gisseli Giraldelli, a leucena é uma espécie exótica, invasora, muito agressiva e que é um problema em todo o mundo, promovendo o que chamam de deserto verde, causando a perda da biodiversidade e por isso é necessária a intervenção. “Precisamos entender tecnicamente e trabalhar com muito cuidado para que possamos promover ações que realmente controlem essa infestação de leucenas, de forma que não pioremos a situação. Portanto, precisamos atuar dentro das boas práticas técnicas e manejo adequado para que consigamos vencer essa guerra contra a leucena”.