Com preço vantajoso, venda de etanol cresce 75% na Capital

No primeiro semestre, postos vendiam uma média de 4,57 milhões de litros por mês. No terceiro trimestre, volume saltou para 8,01 milhões

Cidades | 3 de novembro de 2023, por redacao@radar67.com.br

A venda de etanol nos postos de Campo Grande teve aumento de 75% no segundo semestre deste ano na comparação com os primeiros meses do ano. Em média, entre janeiro e junho foram comercializados 4,578 milhões de litros por mês. Entre julho e setembro, por sua vez, a média saltou para 8,011 milhões de litros mensalmente. 

E a explicação é simples: nestes últimos meses está sendo mais barato rodar com etanol do que com gasolina e a tendência é de que o consumo aumente ao longo das próximas semanas, pois muita gente ainda não se deu conta dessa vantagem, conforme avaliação do diretor do Sinpetro, Edson Lazarotto.

Em Campo Grande, o preço médio do etanol nas bombas está em R$ 3,39, conforme a última pesquisa divulgada pela Agência Nacional do Petróleo (ANP), no dia 28 de outubro. É o terceiro menor preço entre as capitais brasileiras. Porém, em alguns postos é possível encontrar o litro por dez centavos a menos, conforme a mesma pesquisa. 

O preço médio da gasolina, por sua vez, está em R$ 5,41, de acordo com a ANP. Somente em Goiânia e em São Luis do Maranhão o preço médio da gasolina comum é menor.

Ao se dividir o valor do etanol (R$ 3,39) pelo preço da gasolina (R$ 5,41) chega-se a 0,62 em Campo Grande. E, toda vez que o resultado desta divisão é inferior a 0,70, compensa abastecer com etanol, ensinam os técnicos. Ou seja, se mantivesse o atual preço da gasolina, ainda que o etanol subisse para até R$ 3,79, compensaria. 

Ao longo de todo o primeiro semestre foram vendidos 27,4 milhões de litros de etanol nos postos da  Capital, conforme dados do Sinpetro. Agora, nos três primeiros meses do segundo semestre o volume já chegou a 24 milhões de litros. Esse acréscimo no consumo representa quase cem carretas a mais de etanol por mês somente na Capital. 

Apesar da disparada no consumo do etanol, a gasolina continua sendo a primeira opção da maior parte dos consumidores da Capital. Mas, a tendência é de mudança. Na comparação entre o segundo e o terceiro trimestres, a queda foi de quase 11%. De abril a junho eram vendidos 29,3 milhões litros mensalmente. Já no trimestre de julho a setembro, caiu para 26,2 milhões de litros por mês. 

E, em se mantendo esse ritmo de crescimento no consumo de etanol, Campo Grande pode alcançar até 93 milhões de litros e fechar 2023 como um dos anos de maior consumo do combustível renovável em quase uma década. 

De 2014 até agora, o recorde ocorreu em 2015, com 108 milhões de litros, conforme o Sinpetro. O pior desempenho ocorreu em 2017, com 33,7 milhões de litros. Naquele ano também foi registrado o recorde na venda de gasolina, com 344 milhões de litros. 

Embora em ritmo menor que em Campo Grande, o aumento na venda de álcool pode ser verificada no Estado inteiro. No segundo trimestre do ano foram comercializados 33,64 milhões de litros em Mato Grosso do sul, ante 50,14 milhões no terceiro trimestre, alta de quase 50%. 

Via Correio do Estado