Veja como se manter saudável com a amplitude térmica durante as ondas de calor que MS enfrenta
Variação de temperatura pode causar efeitos adversos no organismo, inclusive choques térmicos em mudanças bruscas de ambientes
Woman athlete takes a break, drinking water from a reusable water bottle on a hot summers day
“Ai que delícia o verão…”, já diria Marina Sena. A frase poderá ser cada vez mais repetida diante das mudanças cada vez mais bruscas e elevadas na temperatura, como vem enfrrentado todos os municípios de Mato Grosso do Sul. Com isso, é importante estar atento aos cuidados com a saúde para não passar mal.
A endocrinologista Lorena Balestra alerta que a variação térmica intensa pode prejudicar a saúde, visto que as flutuações enfraquecem o sistema imunológico, favorecendo o aparecimento de infecções. Entre os mais afetados estão idosos, crianças, gestantes e portadores de doenças crônicas.
A alta nos termômetros exige hidratação constante e adequada. “A água é fundamental para o bom funcionamento do organismo, para o transporte de nutrientes, para a regulação da temperatura corporal, entre outras funções. A desidratação afeta o equilíbrio dos fluidos corporais, a função dos órgãos e sistemas, além de prejudicar o transporte de nutrientes e a eliminação de resíduos. Até 10% dos casos de cansaço e fadiga crônica que aparecem nos consultórios médicos podem estar relacionados a desidratação”, alega a endocrinologista Thassiane Alvarenga, membro da SBEM (Sociedade Brasileira de Endocrinologia e Netabologia).
Lorena afirma que é importante que os ambientes sejam ventilados e adequados termicamente, usando ventiladores, ar-condicionado, umidificadores de ar, e preferindo roupas leves para que a temperatura corporal não se eleve. Ainda, é importante que as pessoas busquem ambientes frescos e sombras, evitando ficar ao sol. O Ministério da Saúde preconiza, também, que as pessoas se lembrem de passar protetor solar pelo menos 30 minutos antes de se expor ao sol.
As praias e piscinas costumam ficar lotadas durante os dias quentes. Porém, é preciso cuidado ao sair do sol quente e ir direto para a água mais fria, sob o risco de choque térmico, constrição dos vasos cardíacos, aumento da pressão arterial e arritmias. O contrário também é válido ao sair desses lugares e voltar ao sol, dilatando os vasos e causando uma queda de pressão. Assim, o ideal é se refrescar aos poucos, antes de entrar diretamente na água.
A alimentação também deve ser leve, dando preferência a vegetais, legumes, saladas e frutas. Outro fator importante é se atentar ao armazenamento adequado da comida. A falta de tal cuidado pode fazer com que as pessoas adquiram infecções intestinais, levando a náuseas, vômitos e diarreia, prejudicando ainda mais a hidratação do organismo.
Efeitos da onda de calor
As ondas de calor são eventos meteorológicos caracterizados por temperaturas extraordinariamente altas e prolongadas em uma determinada região. Esses períodos de calor extremo podem ter uma série de efeitos adversos na saúde, no meio ambiente e na sociedade. Alguns dos principais impactos incluem:
- Problemas de Saúde: O calor extremo pode levar a uma variedade de problemas de saúde, desde desconforto e desidratação até condições mais graves, como exaustão pelo calor e golpe de calor. Populações vulneráveis, como idosos, crianças e pessoas com condições médicas preexistentes, são mais suscetíveis a esses efeitos adversos.
- Mortalidade e Morbidade: O aumento das temperaturas durante as ondas de calor pode estar associado a um aumento nas taxas de mortalidade e morbidade. Isso é especialmente preocupante em áreas onde as infraestruturas de saúde podem ser sobrecarregadas.
- Desidratação e Insolação: O calor excessivo pode levar à desidratação mais rápida devido à transpiração intensa. A insolação, um estágio mais grave de exposição ao calor, pode ocorrer se o corpo não conseguir dissipar o calor adequadamente.
- Impacto na Qualidade do Ar: O tempo quente muitas vezes está associado a condições atmosféricas que favorecem a formação de ozônio troposférico, um poluente do ar que pode causar problemas respiratórios.
- Estresse Hídrico: O calor extremo pode agravar o estresse hídrico, afetando recursos hídricos, como rios e lagos. Isso pode ter impactos em ecossistemas aquáticos, agricultura e abastecimento de água.
- Impactos na Agricultura: O calor excessivo pode prejudicar as colheitas, reduzindo o rendimento das culturas e afetando a produção de alimentos. Isso pode levar a escassez de alimentos e aumentar os preços.
- Incêndios Florestais: As ondas de calor podem aumentar o risco de incêndios florestais, pois o calor intenso, a baixa umidade e os ventos secos contribuem para condições propícias ao fogo.
- Impactos na Infraestrutura: O calor extremo pode afetar a infraestrutura, causando danos a estradas, trilhos de trem e outras superfícies expostas ao sol por longos períodos.
- Aumento na Demanda de Energia: Durante as ondas de calor, a demanda por eletricidade geralmente aumenta devido ao uso intensivo de sistemas de ar condicionado, o que pode levar a sobrecargas na rede elétrica.
Para mitigar esses impactos, é crucial implementar medidas de adaptação, como a promoção de práticas de segurança durante o calor, a melhoria das infraestruturas urbanas e o desenvolvimento de sistemas de alerta precoce para eventos extremos de calor. A mudança climática também está associada ao aumento da frequência e intensidade de ondas de calor, destacando a importância de esforços para reduzir as emissões de gases de efeito estufa.
Via EnfoqueMS
